Brasil – Um ataque a tiros em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, resultou na morte de quatro pessoas, incluindo o atirador, Edson Fernando Crippa, de 45 anos. O incidente trágico, que começou na noite de terça-feira (22/10) e se estendeu pela madrugada, culminou em uma nova troca de tiros na manhã desta quarta-feira (23 de outubro). Neste conflito, além do atirador, outras nove pessoas ficaram feridas.

De acordo com as informações do comandante da Brigada Militar (BM), Cláudio Santos Feoli, a polícia recebeu uma denúncia de maus-tratos na residência de Edson e foi acionada para averiguar a situação. Ao chegar ao local, relatos indicam que Edson abriu fogo de maneira agressiva e inesperada, causando um verdadeiro caos na região. Por volta das 8h30, a equipe policial finalmente conseguiu entrar no local e encontrou o atirador já sem vida.

O alerta inicial partiu do pai do atirador, Eugênio Crippa, de 74 anos, que informou à polícia que ele e a esposa estavam sendo agredidos pelo filho. “Ele Eugênio relatou que o filho não os deixava sair de casa”, explicou o tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, da Brigada Militar. A situação se agravou rapidamente quando Edson retornou à casa dos pais e começou a disparar contra os policiais e qualquer pessoa que estivesse nas proximidades.

As moradias vizinhas ao local do ataque foram evacuadas por motivos de segurança, e a Brigada Militar orientou a população a manter distância devido à intensa troca de tiros, que, segundo testemunhos, pode ter ultrapassado 300 disparos. Edson possuía quatro armas registradas em seu nome, incluindo uma pistola Taurus PT111G2 Cal.9 mm, um rifle Cal.22 e uma espingarda Cal.12.

Além de Edson, a tragédia deixou como vítimas o pai, Eugênio Crippa, e o irmão, Everton Crippa, de 49 anos. O policial militar que também perdeu a vida no confronto foi Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, que deixa uma esposa e um recém-nascido de apenas 45 dias. O ataque ainda deixou feridos, incluindo a mãe, Cleris Crippa, de 70 anos, e a cunhada de Edson, Priscilla Martins, de 41 anos. Eles foram levados para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo, juntamente com outros feridos, entre os quais estão alguns membros da Brigada Militar.

Os policiais que atuaram na operação foram pegos de surpresa e atacados à medida que tentavam intervir na situação de desentendimento familiar e maus-tratos. O subcomandante-geral da BM informou que a abordagem inicial ao caso foi feita após um casal de idosos solicitar ajuda devido à violência do filho.

Por volta das 8h30 desta quarta-feira, após tentativas de negociação que não tiveram sucesso, a Brigada Militar decidiu entrar na residência, onde encontraram Edson já sem vida. O trágico desfecho reforça a complexidade das questões familiares e a gravidade dos conflitos que podem surgir em tais contextos.

Imagens do confronto mostram a Brigada Militar em ação, e a comunidade se recupera do impacto emocional deste violento incidente que deixou marcas profundas em uma cidade outrora pacata como Novo Hamburgo.

Confira a lista das vítimas fatais:

– Eugênio Crippa, 74 anos, pai do atirador;
– Everton Crippa, 49 anos, irmão do atirador;
– Everton Kirsch Júnior, 31 anos, policial militar.

Em relação aos feridos, seis são policiais, um é agente da Guarda Municipal e dois são familiares do atirador: a mãe e a cunhada. Segundo informações do g1, todos foram levados para atendimento médico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

Entre os feridos:

– Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – em estado grave após ser baleada três vezes;
– Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – em estado grave após ser baleada uma vez;
– Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes;
– João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez;
– Joseane Muller, 38 anos, PM – em estado estável após ser baleada uma vez;
– Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – recebeu alta do hospital após ser baleado de raspão;
– Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão;
– Felipe Costa Santos Rocha, PM – recebeu alta após ser baleado de raspão;
– Volmir de Souza – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez.

Para mais detalhes, não deixe de conferir o vídeo mostrando a operação policial: