GERAL
Porto Velho, uma cidade que nasceu da construção da lendária Madeira-Mamoré

A história de Porto Velho é tão impressionante que se confunde com a lenda do “velho Pimentel”, que seria um lenhador. Esse personagem cortava lenha para navios a vapor e morava na região do complexo Madeira-Mamoré. Na época, o local era conhecido como Porto do Velho, de onde teria se originado o nome da cidade.
Essa versão, no entanto, é contestada pelos historiadores, devido à falta de registros e documentos históricos para comprová-la. “De fato, não existe nenhum documento primário ou secundário, fotografia ou algo que comprove a existência desse ‘velho Pimentel’, mas isso virou uma lenda urbana”, comentou o historiador e professor, e também adjunto da Secretaria Municipal da Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur), Aleks Palitot.
Ele afirma que o nome de Porto Velho foi resgatado de documentos históricos, como cartas de Marechal Rondon e cartas de Oswaldo Cruz, que tratam essa região como um antigo porto velho militar. “Nos idos de 1865 houve a Guerra do Paraguai e Dom Pedro II mandou construir nessa região um destacamento militar. Naturalmente por se tratar de um rio, ao lado desse destacamento tinha um pequeno porto para atracação”, completou.
DOIS PORTOS
O secretário da Semdestur, Paulo Moraes Júnior, conta que com fim da Guerra do Paraguai em 1870, pouco tempo depois, em 1872, a empresa inglesa Public Works, se instalou na região de Santo Antônio, então denominada Santo Antônio do Alto Madeira, que ficava no estado do Mato Grosso. Já o antigo porto velho militar havia sido instalado em território pertencente ao Amazonas.
“A partir daí, a empresa inglesa construiu um porto novo e moderno para aquela época, mas a referência sempre era o porto velho, o porto velho militar ou porto dos militares da guerra do Paraguai”, explicou.
As iniciativas de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré a partir de Santo Antônio não lograram êxito em quatro oportunidades, sendo a última em 1878. Com a retomada da história da ferrovia, após o final da guerra do Acre, a Revolução Acreana com a Bolívia, em 1903, o Brasil assina o Tratado de Petrópolis. O compromisso do governo brasileiro era construir uma ferrovia, resolvendo o problema de isolamento geográfico da Bolívia.
O RETORNO
Percival Farquhar, empresário norte-americano contratado para dar seguimento à construção da EFMM, resolveu sair do ponto original, em Santo Antônio, e reiniciar a construção da ferrovia no antigo porto velho militar, cerca de 7 quilômetros abaixo do ponto original, por conta do difícil acesso.
“A partir daí, Farquhar vai se alimentar dos antigos registros históricos da região e acaba mantendo o nome Porto Velho em referência ao antigo porto velho militar. Daí, esse seria um dos motivos do nome da nossa cidade”, comentou Aleks Palitot.
COMPLEXO EFMM
Surge então o parque ferroviário da Madeira-Mamoré, atual Complexo da EFMM. A área era toda administrada pelos americanos, pela empresa responsável na época, a May Jekyll & Randolph, de Percival Farquhar. Quando a ferrovia foi inaugurada, em 1912, ao lado do complexo ferroviário, já surgia uma outra cidade, que é Porto Velho, com traços brasileiros e provincianos.
Nisso, Santo Antônio, que era uma antiga cidade do Mato Grosso, começa a se esvaziar e a população passa a se aproximar de uma cidade aparentemente mais moderna, com energia elétrica, com rede hospitalar, cinema, clube, com toda uma infraestrutura que eles não estavam habituados até então.
CIDADE DIVIDIDA
No dia 2 de outubro de 1914, foi criado oficialmente o município de Porto VelhoOs empresários norte-americanos, preocupados com a presença dos brasileiros, fizeram uma divisão territorial para monitorar o funcionamento e, ao mesmo tempo, a segurança do complexo ferroviário.
Foi então construída uma grande cerca ali, no que seria hoje a av. Presidente Dutra. Por conta disso, durante muito tempo a via foi chamada de rua Divisória. Assim, o lado da EFMM era administrado pelos americanos e o outro, pelos brasileiros.
CRIAÇÃO
Com o desenvolvimento da cidade, no dia 2 de outubro de 1914, o governador do Amazonas, Jonathas Pedrosa, criou oficialmente o município de Porto Velho, através da Lei nº 757. No ano seguinte, em 24 de janeiro de 1915, tomou posse o primeiro prefeito, Fernando Guapindaia de Souza Brejense (Major Guapindaia), na época denominado superintendente.
Guapindaia veio com a incumbência de governar Porto Velho, que era município do Amazonas. “Uma de suas primeiras iniciativas, que inclusive ele profere em seu discurso de posse como prefeito, era organizar um mercado modelo, uma feira modelo, onde hoje funciona o Mercado Cultural, o que originalmente era o nosso primeiro mercado municipal”, explicou Palitot.
Entretanto, a obra só foi concluída na década de 1950, já em outro governo, mas a construção, de fato, foi iniciada na gestão de Major Guapindaia.
IMPORTÂNCIA
“Porto Velho tem perdido muito seu traço bucólico, provinciano, de tempos atrás. Mas é uma cidade que estrategicamente está localizada no coração da América do Sul. Tem um eixo modal bastante significativo que pode alcançar ainda mais em termos de cifras, envolvendo a hidrovia do Madeira, a Transoceânica, a própria rodovia que liga ao Amazonas”, comentou o historiador.
PREFEITO
O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, ao parabenizar a cidade pelos seus 110 anos de instalação, ressaltou a importância da Madeira-Mamoré para o surgimento do município. “A Madeira-Mamoré foi o ponto inicial dessa história e dessa trajetória, e temos que resgatar esse amor, esse pertencimento, por nossa cidade. O que desejo para todos os porto-velhenses é que a nossa população tenha esse sentimento, como os pioneiros que fundaram a cidade e o município, impulsionando-a cada vez mais rumo ao desenvolvimento. E isso, vamos conseguir com a prefeitura cada vez mais atuante e com o apoio do nosso povo”, afirmou.
Texto: Augusto Soares
Foto: Leandro Morais
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
GERAL
Moradores do Bairro Pedrinhas são notificados para complementação de documentos no processo de regularização fundiária

- Os moradores do Bairro Pedrinhas, região Norte de Porto Velho, que possuem processos de regularização fundiária em andamento no governo de Rondônia, estão sendo notificados pela Secretaria de Estado de Patrimônio e Regularização Fundiária (Sepat) para apresentarem documentos pendentes. O trabalho de notificação iniciou na sexta-feira (7), e segue até esta terça-feira (11). Os servidores estão percorrendo o bairro para entregar as notificações, e os requerentes devem comparecer a unidade do Tudo Aqui, localizado em um estabelecimento comercial na Avenida Rio Madeira, nº 3.288, Bairro Flodoaldo Pontes Pinto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h, para regularizar a documentação.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou a importância da regularização fundiária urbana social, evidenciando que, ao concluir o processo, o ocupante do imóvel receberá o título definitivo da propriedade.
Segundo o secretário da Sepat, David Inácio, os moradores que forem notificados, devem procurar o Núcleo de Serviço Social da Sepat no Tudo Aqui, e apresentar a documentação necessária. “Quem não atender ao chamamento terá o processo arquivado”, alertou.
A coordenadora de Regularização Fundiária da Sepat, Hannyellen Bragado Alecrim, informou que, os requerentes devem apresentar os seguintes documentos conforme situação civil:
SOLTEIRO:
- RG e CPF do titular;
- Certidão de Nascimento;
- Comprovante de residência atualizado;
- Folha Resumo do Cadastro Único – V7: solicitar no Centro de Referência de Assistência Social (Cras);
- Contrato de Compra e Venda, ou Termo de Doação (se houver);
- Comprovante de renda do titular; e
- Carnê do IPTU (se houver).
CASADO OU UNIÃO ESTÁVEL:
- RG e CPF (Titular e Cônjuge);
- Certidão de Casamento ou Declaração de União Estável;
- Comprovante de residência atualizado;
- Folha Resumo do Cadastro Único – V7 (solicitar no Cras);
- Contrato de Compra e Venda, ou Termo de Doação (se houver);
- Comprovante de renda (Titular e Cônjuge); e
- Carnê do IPTU (se houver).
DIVORCIADO:
- RG e CPF do titular;
- Certidão de Casamento com averbação do divórcio;
- Comprovante de residência atualizado;
- Folha Resumo do Cadastro Único – V7 (solicitar no Cras);
- Contrato de Compra e Venda, ou Termo de Doação (se houver);
- Comprovante de renda do titular; e
- Carnê do IPTU (se houver).
VIÚVO:
- RG e CPF do titular;
- Certidão de Óbito do cônjuge;
- Comprovante de residência atualizado;
- Folha Resumo do Cadastro Único – V7 (solicitar no Cras);
- Contrato de Compra e Venda, ou Termo de Doação (se houver);
- Comprovante de renda do titular;
- Carnê do IPTU (se houver).
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
- Caso o requerente não saiba assinar ou esteja impossibilitado de assinar, deverá comparecer acompanhado de uma pessoa maior de idade, portando RG e CPF, para assinar a Declaração de Assinatura a Rogo;
- Se o interessado não possuir Contrato de Compra e Venda, ou Termo de Doação, deverá apresentar uma conta de água, luz, internet ou telefone em seu nome; e
- O atendimento para a entrega dos documentos será realizado exclusivamente na unidade do Tudo Aqui da Avenida Rio Madeira, dentro do prazo estipulado.
Fonte
Texto: Eleni Caetano
Fotos: Ivi Fideles e Eleni Caetano
Secom – Governo de Rondônia
GERAL
Agroindústrias de Rondônia recebem projetos arquitetônicos de forma gratuita

- O Programa de Verticalização da Produção Agropecuária da Agricultura Familiar de Rondônia (Prove/RO), realizado pelo governo do estado, forneceu, em 2024, 65 projetos arquitetônicos (plantas baixas), expansão ou adequação das agroindústrias de Rondônia. Na procura para promover a adequação dos estabelecimentos das agroindústrias e possibilitar o acesso ao mercado, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) oferece pelo programa, soluções práticas e apoio técnico à formalização e desenvolvimento das agroindústrias familiares.
Entre as diversas atividades oferecidas pelo Prove/RO, o fornecimento de plantas baixas se destaca como uma das ações estratégicas e essenciais, pois contribui à inovação e formalização do setor agropecuário de Rondônia, com um impacto direto na geração de empregos e no fortalecimento da economia local.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o programa tem intensificado o engajamento do governo com o desenvolvimento sustentável e a valorização do setor agropecuário no estado. A parceria garante condições mais adequadas aos pequenos e médios produtores, de forma que possam aumentar a produção, e também ter acesso a mercados mais competitivos.
“O Prove/RO é uma oportunidade para os produtores familiares regularizarem suas agroindústrias. O fornecimento das plantas baixas permite que eles ampliem suas atividades com segurança, qualidade e eficiência. O objetivo é oferecer as ferramentas necessárias para que a agricultura familiar possa prosperar, com a garantia de acesso a mercados formais e uma produção sustentável”, salientou Marcos Rocha.
DESENVOLVIMENTO DAS AGROINDÚSTRIAS
Em 2024, o Prove/RO alcançou registros importantes, com o fornecimento de 65 plantas baixas para agroindústrias de diversos municípios do estado. Esse esforço de planejamento e organização das instalações ajudou a transformar unidades rurais, garantindo mais eficiência e adequação ao processamento de alimentos, se consolidando como instrumento para o desenvolvimento da agricultura familiar no estado.
As plantas baixas têm uma função importante para a transformação das propriedades rurais em unidades produtivas formalizadas, que podem acessar benefícios como a certificação Prove/RO, um documento de qualidade e conformidade. A certificação garante a qualidade dos produtos, como também, facilita o acesso aos mercados, tanto locais quanto nacionais.
Segundo o secretário da Seagri, Luiz Paulo, o fornecimento das plantas baixas no contexto do programa, destaca como essa ação contribui para o processo de regularização das agroindústrias familiares e facilita o cumprimento das exigências legais sanitárias e ambientais. “O fornecimento de plantas baixas permite um planejamento estruturado das agroindústrias familiares. Com a planta baixa, os produtores podem visualizar o melhor uso de seus espaços e adaptar as infraestruturas para atender às exigências legais e ambientais, facilitando assim, a regularização e acesso a créditos e incentivos. O suporte é essencial à modernização das agroindústrias e garante competitividade dos produtos de Rondônia no mercado. Nosso trabalho é oferecer uma assistência técnica qualificada e contínua, ajudando as agroindústrias a se tornarem mais eficientes e sustentáveis”, afirmou.
O programa tem contribuído diretamente para modernização das agroindústrias no estado
RESULTADOS
Ao longo de 2024, o Prove/RO em parceria com Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER-RO), realizou uma série de atividades voltadas para o fortalecimento das agroindústrias familiares, com destaque para:
- Certificação e regularização: entrega de 42 certificados Prove/RO para agroindústrias familiares, promovendo a regularização e incentivo à produção local.
- Feiras e exposições: O programa organizou nove exposições no pátio do Palácio do Rio Madeira (PRM) e em um estabelecimento comercial de Porto Velho, além de oito feiras da agricultura familiar, que atenderam 136 produtores.
- Visitas técnicas: 155 visitas in loco para diagnóstico e atualização cadastral de agroindústrias familiares, permitindo uma avaliação detalhada das condições de cada unidade.
- Apoio e capacitação: O programa investiu, ainda, em capacitação, com a realização de treinamentos sobre boas práticas de fabricação e regularização agroindustrial, impactando 92 produtores, para a entrega de 15 certificados durante o Nivelamento Técnico em São Francisco do Guaporé.
Com a expansão de suas ações, especialmente no fornecimento de plantas baixas, o programa tem contribuído diretamente para modernização das agroindústrias no estado, criando novas oportunidades de mercado e gerando mais renda às famílias produtoras.
Fonte
Texto: Maximus Vargas
Fotos: Maximus VArgas
Secom – Governo de Rondônia
GERAL
Cuidados quanto ao período permissionário para novos condutores são informados pelo Detran-RO

- Você sabia que, antes de obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) definitiva é necessário passar por uma avaliação como condutor por um período de 12 meses? O Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran-RO) informa que, após as etapas de avaliação médica, aulas e exames teóricos e práticos para obtenção da CNH, o novo condutor é denominado “permissionário”.
INFRAÇÕES E CUIDADOS
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as infrações de trânsito são classificadas em quatro naturezas de gravidade: leve, média, grave e gravíssima. O condutor que possui Permissão Para Dirigir (PPD) deve estar ciente de que não pode cometer infração grave ou gravíssima, nem ser reincidente em infração média, para garantir a obtenção definitiva da CNH ao final do período de avaliação.
A diretora Técnica de Habilitação, Aline Lima, destaca que, o pagamento da multa não cancela o registro da infração, e o condutor poderá não alcançar o direito à CNH definitiva. “Caso isso ocorra, o permissionário precisará passar por todos os procedimentos novamente, incluindo exame médico, avaliação psicológica, curso e prova teórica, aulas práticas e exame, como se estivesse tirando a CNH pela primeira vez.”
CARTEIRA DIGITAL DE TRÂNSITO E PPD
Além da PPD física, a Permissão Para Dirigir poderá ser acessada na Carteira Digital de Trânsito (CDT). “Essa permissão possibilita que o condutor também terá acesso ao documento do veículo e possíveis infrações cometidas”, disse Aline Lima.
O diretor-geral do Detran-RO, Sandro Rocha, evidencia a importância de respeitar as normas de trânsito e regras estabelecidas para obtenção da CNH definitiva. “O cumprimento dessas diretrizes é fundamental à segurança nas vias e à formação de condutores responsáveis”, avaliou.
Fonte
Texto: Jarlana Davy
Fotos: Jarlana Davy e Michele Carvalho
Secom – Governo de Rondônia
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